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Sobre Renascimentos e outras reconstruções

Oi minha gente querida!
Voltei! Renascendo das cinzas...rsrsr
Eu explico o que é este renascer:
Durante 3 meses, eu foquei todas as minhas energias no término do meu mestrado e não sobrou nem uma nesga de vontade e inspiração para escrever por aqui ou mesmo refletir sobre a vida.
Sabe quando você traça uma meta e funciona quase como um piloto automático, objetivo e prático comprometido com o objetivo delegado? Foi mais ou menos assim.
O fato é que após ter alcançado o objetivo me peguei com uma sensação de vazio e estranhamento. Reconstruir uma rotina, voltar a fazer as coisas que gosto e rever as pessoas queridas tem sido um processo um pouco confuso e digamos meio penoso. Acabei por olhar um pouco para dentro e para fora com um certo “Q” de perplexidade, como se tivesse num sono profundo e acordasse olhando tudo a minha volta como certa estranheza. Com isso venho refletindo sobre as prioridades da minha vida, o que faria com o futuro e conseqüentemente com que pessoas gostaria de estar e que coisas queria ter. Senti-me em um processo de renascimento, mas o pior desse processo é (como diria minha amiga Virginia) quando morre um “eu” seu e ainda não deu tempo nascer e crescer um novo e enquanto isso você vive numa espécie de limbo de você mesmo, quando só se sabe que não era como antes, mas não sabe ainda quem você é atualmente.
Sei que o saudável da vida é experienciarmos diversos momentos de morte e renascimento, elaborando cada luto proveniente desses processos. Perdemos a condição de crianças para sermos adolescentes, deixamos de ser adolescentes para sermos adultos, vemos nossa juventude morrer,perdemos pessoas,empregos e coisas.  E diante essas perdas aprendemos a nos reconstruir e seguir a diante, pois o luto patológico é quando continuamos presos a dor da perda.
No meu caso perdi pela segunda vez a condição de estudante. Agora sou Mestre e penso sobre o sentido disso para minha vida e de brinde acabei por refletir muito mais...
Penso que não quero ser uma formiga, mas degustar o meu lado leve e livre de ser cigarra.
Não quero ao meu lado pessoas que me fazem mal, que não contribuem em nada com minha vida, mesmo que elas façam parte da minha família.
Não quero ter que ser simpática com quem se porta arrogante comigo e com os meus. Eu quero a autenticidade de ser leal a mim e aos meus princípios e não ter que abrir mão disso pelos outros ou pela conveniência social. Até porque eu tentei fazer isso e o que percebi é que as tais pessoas continuam ser arrogantes, egoístas e esnobes e fazem isso sem constrangimento, então dessa forma posso ser eu mesma sem constrangimento.Por que não? Me sinto autorizada.
Claro meus queridos, as máscaras são necessárias, como já escrevi nesse espaço, elas são uma espécie de remédio social, para os conflitos de valores. Entretanto, o que quero dizer é que não precisamos investir afetivamente em pessoas ou situações que não nos engrandecem, nesse caso penso que devemos ligar o piloto automático, estabelecer um contato via máscaras e sempre que possível fugir disso para não nos perdermos de nós mesmos.
Nosso equilíbrio interno é o que de fato vale, mesmo que às vezes causemos um desequilíbrio externo. Vez ou outra isso é até saudável. Afinal a vida é curta e estou cheia de historias tristes de pessoas que se foram e me fazem lembrar que o tempo foi curto demais.
Acho que ser feliz é uma escolha existencial e agora lembrei-me de uma musica da Vanessa da Matta que uma amiga (Rafaela) postou em seu facebook recentemente:
“..gostei de ser de quem me gosta, eu aprendi. Querendo a vida bem mais fácil, eu resolvi. É tão melhor viver em paz...”
Pois bem eu quero chegar no céu ou onde se chega no fim da vida como se tivesse acabado de descer de um tobogan , toda descabelada,arranhada e gritando: Puta merda! Foi massa! (tb já escrevi sobre isso por aqui)
Não aceito terminar tudo e dizer que foi mais ou menos. 
Até por que como dizia minha avó: "vão-se os anéis e ficam-se os dedos "E algumas coisas,empregos,pessoas valem como dedos, outras nem mesmo valem um anel. Só quero o essencial!

Beijo no coração.